08/06/12

Somos tão somente memória

- Quem és tu, minha filha? É triste ouvi-lo da boca de alguém que, pelas mais diferentes razões, nos esqueceu. Não custa aceitar que pedaços da nossa vida em comum se tenham apagado das suas lembranças. Quantas vezes não apagamos nós próprios outras tantas vivências com outros alguéns. Custa, sobretudo, pensar que não importa o que fazemos ou o que somos, os nossos títulos ou façanhas. O nosso currículo de experiências só tem valor se deixar uma forte lembrança nos outros. Se os marcar de forma a que não nos esqueçam. Não somos, por isso mesmo, se não memória. E ser-lo-emos apenas e somente enquanto ela durar.

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