22/07/13

"Ser Espiritual" de Luis Portela

Há quem prefira não conhecer o autor por detrás do livro, com medo da desilusão ou da "não-colagem" com o objeto escrito. Ao invés, eu gosto de tentar perceber quem escreveu o quê e porquê. Qual a motivação? Como acedeu àquela informação? O que inspirou o que daí resultou? A "colagem" não é necessária. A obra pode produzir mais admiração do que o seu autor. Mas conhecer quem está por detrás permite um entendimento mais profundo do que é o objeto livro e das razões da sua existência.
Depois de um fim-de-semana dedicado à leitura de "Ser Espiritual - Da evidência à Ciência", fui hoje em busca de Luís Portela. E a entrevista que me pareceu mais interessante foi a de Anabela Mota Ribeiro, em 2009, que podem ler aqui.
Independentemente das convicções do autor e das convicções de cada leitor, há excertos que soã tanto do senso comum, que precisamos urgentemente de os ler, num período e numa sociedade em que nos temos esquecido daquilo que em nós é mais básico:

"O homem que se analisa, que procura um melhor conhecimento e si e da realidade à sua volta vai criando o hábito de se libertar de preconceitos e tabus, para procurar perscrutar a Sabedoria Universal. Ciente de que a Sabedoria Universal existe, é apenas preciso procurar sintonizar com ela, através da pureza dos pensamentos, da moderação das palavras, da verticalidade das atitudes e de uma postura em harmonia com a Natureza.
Aquele que se liberta desenvolve crescentemente em si um sentido de utilidade. Primeiro para si mesmo. Depois para os seus familiares e amigos. Também para os seus colegas, vizinhos e concidadãos. Para toda a Humanidade."

A segunda parte deste parágrafo já não é do senso comum, mas tem muito daquilo que penso, neste momento:

"E, finalmente, para todas as partículas do Universo. Pode deixar de ser um homem de fé, evoluindo para um ser com uma enorme convicção. Pode deixar de alimentar ideias ilusórias, assumindo o pulsar da sua própria força interior, procurando analisar serenamente os factos e atuar em sintonia com as Leis Universais. Pode deixar de procurar que os outros lhe expliquem a vida ou lhe indiquem o caminho, para passar ele mesmo a procurar as suas interpretações, o seu caminho, sem, contudo, menosprezar as experiências, as convicções e as explicações dos outros."

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