22/08/13

Mais uma crítica a "D. Teresa de Távora - A Amante do Rei"

Descobri mais uma crítica a "D. Teresa de Távora - A Amante do Rei", desta vez no site do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas. Não vem assinada, mas agradeço ao leitor que assim sentiu o meu livro...

"Poucos conhecerão a história de Teresa de Távora, uma mulher que viveu além dos limites sociais, morais e religiosos da sua época – e, em certos círculos, também dos de hoje. A beleza e sensualidade eram os seus maiores atributos, que juntamente com o seu caráter indomável ditaram-lhe o destino.
Depois de há um ano publicar, com sucesso, D. Estefânia, Um Trágico Amor, Sara Rodi regressa ao romance histórico com o relato da vida de uma mulher em tudo diferente daquela a que deu corpo no seu primeiro livro do género: D. Teresa de Távora, amante de D. José I.
Em D. Teresa de Távora – A Amante do Rei (A Esfera dos Livros, 18,50€), a escritora explora com mestria as contradições íntimas de uma mulher que ousou desafiar as convenções sociais da sua conturbada época, marcada por acontecimentos como a ascensão política do Marquês de Pombal, o terramoto de 1755 e o processo dos Távora, ao qual esteve indelevelmente ligada.
Teresa de Távora é tão-somente uma mulher. Bonita, sensual, e disposta a viver a vida à sua maneira: independente e com liberdade para dar asas ao seu desejo. Prometida desde o nascimento ao sobrinho Luís Bernardo, com ele casará, tornando-se uma de Távora e traçando o destino desta família de nobres que muito por sua causa cairá em desgraça – terminando com a execução na praça pública do seu marido, irmão, sogros, cunhados e sobrinhos, naquele que ficará conhecido como o processo dos Távora.
Mas o que faz desta mulher, que não deixou obra nem foi exemplar, figura central de um livro tão cativante? Precisamente isso: a sua condição de mulher que apenas quer viver de acordo com a sua vontade, amando livremente quem deseja.
Escrito na primeira pessoa, o romance traça de forma bem marcante o retrato de Teresa de Távora, levando o leitor a acompanhar as suas opções, dúvidas e contradições. E através dela questiona os modelos sociais e morais da época, o século XVIII: o papel da mulher na sociedade, o casamento, a estratificação social, a vida na corte, a fé e o papel da Igreja (os autos de fé), bem como a influência das profecias na vida quotidiana – o missionário Malagrida antevê uma grande desgraça como consequência do comportamento devasso de Teresa, que será vista como causadora do terramoto de Lisboa.
Sara Rodi apresenta Teresa de Távora como uma mulher corajosamente voluntariosa, mas suficientemente ingénua para acreditar que as suas ações não teriam consequências – para si e para os outros. Ao assumir publicamente a sua relação adúltera com D. José I enquanto o marido estava na Índia com a família, Teresa não previu os efeitos políticos, familiares e pessoais da situação: o seu envolvimento forçado na estratégia de poder de Sebastião José de Carvalho e Melo, o repúdio do marido, os ciúmes do Rei consubstanciados no tristemente célebre processo dos Távora. Teresa perdeu a família, o nome e a liberdade por que sempre lutou, escapando à forca mas ficando confinada às paredes de um convento.
O enredo do livro está bem construído e mantém o leitor preso ao seu evoluir, mas destaque-se também a excelente contextualização histórica, fruto de um bom trabalho de investigação. Percorrer as páginas de D. Teresa de Távora – A Amante do Rei é, também, um mergulho na História de Portugal, num período tão conturbado da vida do País."
(http://www.sbsi.pt/atividadesindical/informacao/ComunicacaoSocial/Pages/Um-livro…-sobre-Teresa-de-Távora.aspx)

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