23/10/14

Do silêncio

Calem-se!
Calem-se todos, por favor...
Deixem-me ouvir o sossego da noite
A paz do vento forte nas copas das árvores
O silêncio dos pássaros que piam na escuridão
A tranquilidade das águas que batem com força na areia da praia...
E até os lobos da montanha uivando lá longe... que silêncio me trazem!
Carros, televisão, aviões, e gente, tanta gente que não se cala só por não ter nada por dizer...

Calem-se!
Calem-se todos, por favor...
Quero a vida de volta
A das árvores, dos rios, dos pássaros, das águas e dos lobos
A de tudo o que existe no barulho natural da existência
Só porque sim!
Sem os gritos do ego
O barulho da distração
Sem esse apito ininterrupto da tentação

Calem!
Calem-se todos, por favor...
Ou a terra vos engolirá para que não gritem mais.
Do silêncio vieste, ao silêncio tornarás
Porque a paz é eterna. Só tu vens, só tu vais...

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