24/09/13

Como peixes num cardume

Como um rio que corre para o mar, a vida encaminha-nos também para onde devemos chegar. Sentimo-nos tantas vezes um peixe entre tantos, incógnito, sujeito às malhas do destino, aos predadores vorazes que se escondem por entre as pedras, à poluição corrosiva que nos intoxica sem darmos conta... O medo paralisa-nos. Os perigos distraem-nos. E tudo aquilo que em nós seria natural, espontâneo, dinâmico e poderoso, se perde. Deixamos de estar sintonizados com os outros em cada movimento desejavelmente sincronizado. Deixamos de intuir o perigo. Deixamos de ter defesas para o ataque. Isolamo-nos. Saímos da rota e perdemo-nos. Sozinhos, morremos.
Se os peixes sabem para onde nadar, se os pássaros sabem para onde voar, como podemos nós perder-nos? A vida é necessariamente este movimento que nos encaminha para algo melhor. A vida é esta sincronicidade perfeita com tudo o que nos envolve e todos aqueles que viajam connosco. Intuitivamente, todos nós sabemos o caminho. É um movimento tão natural como respirar. É tão inato como existir. Só temos de sentir para onde a vida nos leva. Alinhados na nossa rota, o mar abre-se para nos deixar passar, o céu rasga-se para nos deixar voar, sem perigos que não saibamos contornar, nem sabedoria que nos falte para chegar onde nos esperam...

http://www.youtube.com/watch?v=Bt3t4j6fYyo

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