11/09/13

Outono em Mim

A sermos coerência, ela é necessariamente cíclica, em movimento permanente, como tudo aquilo que nos rodeia e a que pertencemos na mesma medida em que tudo nos pertence. Como a rotação da Terra. Como o fluxo das marés. Como o ciclo das estações.
Sinto em mim a chegada do Outono. O vento a perseguir-me, o frio a tocar-me e a empurrar-me para um solitário recolhimento. Do verão, guardo todo o alimento que em mim ficou, para suportar a escuridão: descanso, sol, água, luz. Mas agora é tempo de me recolher, trabalhar o interior, sentir a chuva e o frio, fechada no meu casulo. Até que uma nova primavera desperte em mim e as asas se voltem a abrir para rasgar o céu azul...


Outono de Vivaldi

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