04/11/13

Fim

Sonho com uma terra em convulsão, que ruge debaixo dos nossos pés e se sacode no seu eixo, perdida, magoada, incapaz de fazer por nós quando há tanto não sabemos fazer por ela.
O sol cospe fogo, mais além. E a Terra não tem já forças para lutar contra o destino. Em vez de aliados, teve em nós os seus carrascos. E o seu grito de revolta é aquele que tantos já profetizaram, ao longo da nossa História. É o fim.
Acordo e grito também. Sacudo-me e sei que há algo que tem de ser feito. Algo que me persegue de baixo e de cima e de dentro ou de fora. Calço os ténis e corro. Fujo da noite, no medo do dia em que terei de fugir do dia. E prometo a mim mesma que farei o que tiver de ser feito para não ser o fim.

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