Quando me olho,
no fundo do fundo dos meu olhar,
encontro-me outro, outros, todos
nenhum.
Personagens visitam-me, preenchem-me, trespassam-me
esvaziam-me.
Corpos vibram-me, gritam, brilham
apagam-me.
Ser tanto é ser pouco.
Ser tudo é ser nada.
Mas no pouco ou nada que resta
agradeço a vida que me foi dada.
Sem comentários:
Enviar um comentário