À conversa com a minha filha de 5 anos, que olhava fixamente pela janela do carro:
- Eu acho que não quero ser nada...
- Não queres ser nada como? Quando cresceres?
- Não é isso...
- Não querias existir?
- Existir é bom. Mas eu acho que preferia ser vento...
E, como um Nocturno de Chopin, levou-me com ela até à fronteira do ser, onde habita a poesia e a metamorfose dos sonhos. Um dia, seremos também nós poemas sussurrados pelo vento. Assim alguém nos saiba ouvir e nos possa escrever...
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