22/11/13

Somos perguntas

Cada um de nós é uma pergunta que se impõe.
Há quem seja um "Como". Há quem seja um "Onde". Quem seja um "Quem" e quem seja um "Quanto". E há quem seja um "Porquê".
Nem todos conseguiremos, ao longo da vida, responder à pergunta que se nos impõe. Mas, no cenário ideal, com maior ou menor consciência, direccionamo-la para uma área de interesse. Rodeamo-nos de quem tenha em si a mesma pergunta. Estudamos quem já encontrou uma qualquer resposta. E procuramos, à nossa maneira e com as ferramentas que temos, responder-lhe.
Infelizmente, o cenário nem sempre é o ideal. E há quem seja levado a tentar responder a perguntas que não sejam as suas. Ou, pior ainda, a não procurar respostas. A sobreviver sem interrogações. A apagar a sua pergunta fundamental como quem tira de si a sua essência mais profunda. Às vezes pela via da imposição. Às vezes pela via da moral. Outras vezes pela pressão do tempo. Ou ainda pela overdose de respostas de todos os lados e direções.
Seria importante descobrir a nossa pergunta na infância, quando as imposições ainda não se entendem e a moral é aquela que se vier a construir. Quando ainda há tempo. Quando a informação ainda não é em excesso nem nos chega de tantos lados. Perder esta oportunidade única de a encontrar, é arriscar viver a vida toda na pergunta errada. Ou no vazio de uma resposta que nos satisfaça, porque quem não sabe que pergunta tem dentro de si, nunca poderá saber de que resposta precisa para se completar...

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