En la multitud hi ha un silenci perdido que em envaia
Cada altre és solament un cada vegada mès mi
En cada vegada indiscret, en cada mirada valent
En cada vegada que puedo éster el que vuelo e sóc lo que sóc
Les arbres de les carrers es balancegen en uma tempestad de diferèncias
Abruptement suau
De distàncias que es creuen
Diferentes veritates que es saludem curióses
Sés desinhibidos com nos
Nom assumidos com sís
Quizás suspenses en una non necessitat decosa ninguna
Ditos, cridados en moltes llenguas e sabores
Olores
Ha ja perdid el olor de mi mateixa
O ha assumido el olor de totes i del tot
Em ha buidado per vagas entre la novetat de tot
i cada cantó és sempre on encara no ha ido
i vaig. Com sóc e com sempre
Perqué, qué paro i no moro, aprendo
i quedar no és no partir, péro viatjar per dins
Fora. Del món tancat que se ha tancado en si mateix
Un món de homes en el cos de una dona
que es obra i es nostra sens pudor
És Barcebola
https://www.youtube.com/watch?v=YUWyUE6kqoU
(Na multidão há um silêncio perdido que me invade
Cada outro é só um cada vez mais mim
Em cada sorriso indiscreto, em cada olhar corajoso
Em cada vez que sou o que quero ser e acabo por ser quem sou
As árvores das ruas baloiçam numa tempestade de diferenças
Abruptamente suave
De distância que se cruzam
distintas verdades que se acenam curiosas
Sins desinibidos como nãos
Nãos assumidos como sins
Talvez suspensos numa não necessidade de coisa nenhuma
Ditos, gritados em muitas línguas e sabores
Odores.
Perdi o cheiro de mim mesma
Ou assumi simplesmente o cheiro de todos e de tudo
Esvaziei-me para vaguear entre a novidade de tudo
E cada esquina é sempre onde ainda não fui
E vou. Como sou e como sempre
Porque parar não é morrer, é aprender
E ficar não é não partir, mas viajar por dentro
Fora.
Do mundo fechado que se fechou em si mesmo
Um mundo de homens no corpo de uma só mulher
Que se abre e se mostra sem pudor
E a mulher é Barcelona)
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